É a segunda redução feita pela Petrobras em menos de um mês, mas queda de 3,88% não é imediata para o consumidor
A redução de R$ 0,15 no preço médio de venda da gasolina nas refinarias às distribuidoras começa a vigorar a partir desta sexta-feira (29). O valor do litro passa de R$ 3,86 para R$ 3,71, uma queda de 3,88%, que não é repassada imediatamente ao consumidor. É a segunda redução feita pela Petrobras em menos de um mês.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela recebida pela estatal no preço ao consumidor passará de, em média, R$ 2,81 para R$ 2,70 a cada litro vendido na bomba.
Com a nova determinação, o valor cobrado pela gasolina nas distribuidoras vai apresentar um recuo de R$ 0,35 (8,26%) no período de dez dias. No último dia 20 de julho, o combustível teve redução de 4,9% no valor cobrado pelo litro, de R$ 4,06 para os atuais R$ 3,86.
De acordo com a estatal, a redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras.
A empresa afirma que "busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
No entanto, o preço do diesel se manteve inalterado. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o litro do diesel é vendido no Brasil em média com preço 2% acima do mercado internacional, e poderia haver uma queda de R$ 0,10 por litro para atingir a paridade.
Queda de preços nas bombas
Na última semana, o valor médio cobrado pelo litro da gasolina nos postos do país era de R$ 5,89, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o que corresponde a uma queda semanal de 2,96% (-R$ 0,18) e de 17,39% (-R$ 1,24) no intervalo de um mês.
As variações que colocaram o preço da gasolina no menor valor em 12 meses ocorrem após a redução de tributos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nos estados. Antes da lei aprovada pelo Congresso, cada ente federativo tinha autonomia para determinar a taxa sobre o combustível.
Fonte: Agência Nacional de Petróleo